10/11/2012

Stalker level: NORA

Stalkear está em alta e não vai sair de moda tão cedo, principalmente por que essa pratica é trabalho sério e  sempre foi usada antes mesmo da moda dos memes de internet aparecerem e popularizarem o termo. Saber pesquisar e investigar para descobrir coisas que te interessam é uma habilidade que sempre foi necessárias para se dar bem em qualquer área. Inclusive para as grandes corporações que precisam analisar suas bases de dados gigantescas para tomar decisões pertinentes e bem rápido.

Mais importante do que armazenar todos aqueles dados sobre clientes, vendas, produtos, transações e atividades é saber organiza-los de forma que dali possa ser tiradas conclusões uteis e relevantes para resolver seja lá o que for preciso. Existem muitos sistemas que ajudam as corporações e seus gestores a stalkear, gerar relatórios e cruzar grandes quantidades de informações com alta precisão. Mas nem sempre os gestores sabem o que procurar e como procurar o que querem.


Um exemplo de sucesso em tirar conclusões dos dados é o que fez Jeff Jonas na empresa que criou. No início da década de 90, ele foi contratado pelos donos dos cassinos para identificar fraudadores nas mesas de jogo. Os profissionais da cidade tinham 18 listas nas quais constavam trambiqueiros conhecidos, que tentavam burlar a segurança dos cassinos usando nomes fictícios. Durante duas décadas, Jonas desenvolveu sistemas capazes de analisar milhões de dados sobre milhares de pessoas e de encontrar relações suspeitas. Mesmo que o mau elemento se esconda atrás de nomes falsos, os programas rastreiam as informações fornecidas diariamente por hotéis, restaurantes, cassinos, hospitais ou locadoras de automóvel.

Um dos programas que ele criou e o ajuda nesse tipo de busca é o NORA, Non-Obvious Relationship Awareness (ou Detecção de Relações Não Obvias), que vasculha milhões de registros como os de hotéis, centrais de emprego, reservas de avião, cartões de crédito, em busca de relacionamento entre pessoas. Possibilitando por exemplo descobrir qual o grau de relação de determinada pessoa com um terrorista, traficante ou organização criminal. Tal como já agem (ou pelo menos tentam) o FBI, CIA, e aqui no brasil a PF.

Mas até que ponto a privacidade pode ser exposta para tentar evitar ou contornar esses problemas sociais?

O problema é que muitos desses dados são consultados sem o consentimento dos donos. Bases de dados e dossiês, câmeras de vigilância, biometria, até mesmo "sensores neuroelétricos não invasivos" estão ativos. Do McDonald para o metrô para casa, você está sendo vigiado, cada transação eletrônica gravada. Seu material de identificação pessoal, seus hábitos alimentares e preferências sexuais, a sua história familiar estão, provavelmente, em um chip em algum lugar, de fácil acesso. E esses dados são vendidos e analisados como um produto qualquer.

Essa máquina potente de analise de dados tem seu lado bom, a produtividade empresarial, mas deixa suas duvidas quanto eficiência de provar seus achados. Em caso de erro, problemas como das pessoas que foram presas porque passaram a ter o mesmo nome de um criminoso; as pessoas barradas pelo pessoal de segurança porque eles se encaixam num determinado perfil; político ativistas marcado como "extremistas criminosos".

É justamente essa facilidade em ter acesso aos dados pessoais que é preocupante. Até que ponto meus dados estão seguros, seja no Facebook ou numa seguradora de cartões de crédito? Quem pode ter acesso a esses dados? Em teoria ninguém, mas não é a realidade.

Estamos na era da informação. Noticias e fatos chegam a você com facilidade proporcional a que seus dados são entregues as grandes corporações.

27/10/2012

Meu corpo conversa com minha mente

Os profissionais de informática, TI ou computação no sentido geral, têm um grande problema nas mãos: criar soluções para melhorar a vida das pessoas e a forma como interagem (comércio, prestação de serviços, comunicação, etc.), e ainda ensinar essas pessoas a usarem as soluções inventadas. Sendo assim por mais mirabolante que seja o novo gadget, ele foi inventado pra suprir alguma necessidade de quem o criou. Como eu disse lá nesse post 'A internet não é nada mais do que um reflexo da vida real'. Faço um adendo: 'A COMPUTAÇÃO não é nada mais do que um reflexo da vida real'. Tudo que foi criado existe por que em algum momento alguém precisou, mesmo que tenha precisado só uma vez e jogado fora depois.

Pensando mais nisso, fiz uma comparação - bem filosófica até - entre as características do mundo da computação com as do mundo real.

Pra quem não sabe, todo computador ou equipamento eletrônico é composto por hardware e software. Tempo atrás rolava na internet uma frase que apesar de cômica definiu bem esses dois "Hardware é o que você chuta e software é o que você xinga".

Quando a gente começa estudar sobre computação naqueles cursinhos e tal, a gente aprende primeiro o que é o hardware (teclado, mouse, monitor). Depois, o que é software (Windows, Word). E depois como eles interagem e se juntam (Computador, Smartphone). E ainda, como um conjunto de hardware e software conversa com outro conjunto (Rede/Internet). Bem, pelo menos essa é a ordem que eu acho a correta, mas a gente sempre aprende metade aqui, metade acolá, né?

A vida real também funciona da mesma forma. Assim que a gente nasce o desafio é aprender a controlar nosso corpo. Aprender a controlar nossos sentidos, escutar e falar são tarefas de hardware. Repare que no computador existem mecanismos que já fazem o mesmo que nossos sentidos, por exemplo ouvir: microfone; falar: caixas de som.

Depois temos que aprender a controlar esses mecanismos. O sistema operacional Windows, por exemplo, controla todos esses periféricos citados, da mesma forma que nosso cérebro controla todos os nossos periféricos (pernas, braços, boca, olhos). E é preciso aprender e entender como esse nosso software se comporta. A galera de neurociência, psicologia e afins, ainda estão no começo da empreitada pra tentar entender exatamente como funciona nosso cérebro, e em paralelo as áreas de inteligência artificial, sistemas neurais e afins, estão ao passo de que é preciso saber como o cérebro funciona para poder tentar fazer que um computador o imite. Podemos no entanto ficar esperançosos já que a medicina é uma das áreas mais beneficiadas com os avanços tecnológicos.

Depois de aprender a controlar nosso físico e mental, temos que nos sociabilizar e aprender a nos comunicar de maneira eficiente. Pra isso temos as linguagens de fala e de sinais. Mais uma vez o computador nos imita e temos lá linguagens de programação, que permite ao ser humano se comunicar com as máquinas e os protocolos para ajudar na comunicação em rede.



No exemplo do robô apresentado nesse vídeo, o maior trabalho não deve ter sido a parte de hardware - porque até Da Vinci já fazia alguns robôs com dobradiças e juntas - o quebra cabeça ai deve ter sido montar a inteligência artificial pra controlar os sensores de equilíbrio e essas pernas.

Apesar da explicação confusa, da pra afirmar que o computador foi mais um passo gigante para o futuro dos humanos. Se deus criou o homem como sua imagem e semelhança, o homem vem avançando para fazer do computador sua imagem e semelhança.

10/10/2012

Modo rascunho ativado

Meu modo rascunho está ativado, e é assim que eu me saio melhor.

De um tempo pra cá tenho observado uma característica bem peculiar no meu modo de fazer as coisas, tanto no meu trabalho ou nos estudos da faculdade, tenho me saído melhor quando estou com o meu 'modo rascunho' ativado. Depois de identificar essa característica fiquei na curiosidade de saber se mais alguém também faz isso, mesmo que sem perceber. Por isso deixo a pergunta logo no início do post: Vocês costumam ativar o modo rascunho pra fazer as atividades do dia-a-dia?

Pois bem, ao meu ver esse 'modo rascunho' esta inteiramente ligado ao medo de se sair bem numa atividade realizada. Notei que quando tenho que fazer algo e fico na tensão e preocupação de que a coisa saia bem feita, geralmente a coisa sai uma merda. E que quando eu faço com a menor despretensão ou pelo menos sem pressão ai sim a coisa sai de uma forma surpreendentemente bem feita. Ou seja, trabalhos sobre pressão geralmente não são bem feitos, e não sou só eu quem diz isso, estudiosos de técnicas e processos de trabalho e recursos humanos dizem coisas parecidas por ai.

Dai um ponto que me deixa cabreiro é que geralmente em anúncios de vagas de empregos é pedido "facilidade em trabalhar sob pressão", mas na minha humilde opinião qualquer pessoa que assuma essa responsabilidade está fadada ao fracasso (sim, estou subestimando vocês, me provem o contrário). A menos que a forma que ela achou de superar esse desafio seja justamente não dando a mínima para essa pressão. O que é horrível por que isso demonstra desinteresse pelos objetivos individuais ou da empresa empregadora. Mas se os contratantes preferem assim Okay!

Mas afinal o que é esse modo rascunho??

Penso eu que quando a pessoa tem muito medo de se dar mal em algo que esta fazendo, isso gera uma ansiedade e aquela sensação de  insegurança, fazendo com que ela potencialize sua característica de fazer mal feito (ou até bem feito, mas eu particularmente nunca vi acontecer). Se você é como eu que comumente se dá bem quando sabe que pode errar, mas nem por isso erra várias vezes até acertar, você esta trabalhando em modo rascunho.

A maioria dos cargos de gerência não podem se dar ao luxo de trabalhar no modo rascunho, o que é ruim. Gerentes geralmente se deparam com situações em que têm de tomar decisões em curtíssimos espaços de tempo, assim sendo, não é difícil escorregar e tomar uma decisão errada e o modo rascunho de nada ajuda aqui.

Resumindo, o modo rascunho é um estado emocional em que você sabe que pode errar e por isso fica tranquilo e faz um ótimo trabalho. Não fosse o medo, o mundo teria uma dose mais generosa de pessoas felizes e realizadas.

Concorda? Discorda? Deixa ai nos comentários.

18/05/2012

A internet precisa ser regulamentada?

A resposta é sim!
Acontece é que ninguém sabe ao certo o que é a internet. Aliás, sabem sim. Na internet se faz de tudo, tem de tudo, é tudo. Mas causa estranheza justamente por causa dessa falsa liberdade, as pessoas ficam descrentes com tanta liberdade, é tanta liberdade que as pessoas não sabem o que fazer com ela e acabam se estrepando.

Mas a internet não é nada mais do que um reflexo da vida real. As pessoas custam a entender isso. Aqui você pode comprar, vender, se divertir, se comunicar, nada além do que é feito na vida real. Como diz o tio Steve Jobs "a informática é apenas um meio", as ações tomadas sobre os usos dela é o mais importante dessa relação. Não se pode culpar a internet pelas coisas ruins que acontecem. É como acusar o governo por causar acidentes, quando na verdade o que ele fez foi construir rodovias.

Sempre que qualquer conflito puder acontecer em relação ao que é o direito de uma pessoa, é interessante que haja uma regulamentação. Quanto mais a internet se torna parte da realidade social, mais ela suscita conflitos e mais demanda por normas.

Então, sim, a internet precisa de regulamentação, mas é importante que essas regras e normas sejam pensadas em favor de um interesse público. Não aquele interesse comercial. As propostas de leis apresentadas até então tem como objetivo garantir que a indústria cultural, por exemplo, não seja ameaçada por uma nova lógica de circulação de cultura. Ou seja, o problema não é a internet. O problema é a propriedade intelectual; são os regimes de patentes. Como disse, a internet precisa sim de regulamentação, mas para tal, neste caso, é preciso repensar as regras de patentes e propriedade intelectual.

Já ouvi pessoas dizerem preferir o fim da propriedade intelectual, mas também já vi pessoas causarem mini guerras pelo motivo contrário. Afinal, se você escreve um livro ou grava um CD o mínimo que você quer é vendê-lo.  Acho que o artista deve sim receber pelo trabalho feito, mas não acho que deva receber pela circulação desse conteúdo. Isso é só um lado desse debate multifacetado, o fato é que toda essa questão precisa urgentemente ser debatida e repensada. E afirmo com certeza que nossos governantes não estão por dentro dos pormenores desses assuntos para tomarem decisões.

O caso que levantou essa poeira toda foi o da atriz Carolina Diekmann. Caso você não saiba, dias atrás varias fotos dela, dentre elas algumas em que a atriz aparecia nua, foram roubadas do seu computador e foram parar (Lógico!) na internet. Hackers conseguiram acesso ao computador da atriz por meio de um Malware, quando ela caiu em um golpe na internet. A fúria da atriz em ser exposta dessa forma (e a quantidade de dinheiro que ela deve ter pagado a seu advogado) foi tanta, que um texto foi aprovado na câmara e prevê pena de três meses a um ano para quem acessar dispositivo eletrônico alheio, conectado ou não à internet, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, instalar vulnerabilidades ou obter vantagem lícita. Antes disso, foi dito que se não houvesse a tentativa de extorsão, o caso da atriz não seria punível, por que não estava previsto no código penal. Agora está!

Uma questão importante a se perceber é que a internet é um espaço público. Informações privadas não devem ser postadas, especialmente em sistemas que não estão sob o seu controle, como é o caso das redes sociais. Não confie grande parcela da sua intimidade e vida social a nenhuma pessoa jurídica. Afinal a internet é como uma avenida movimentada, é preciso ter cuidado ao atravessá-la, caso contrario você pode acabar sendo atropelado. Na internet você pode acabar tendo sua intimidade exposta.

Na conclusão fica a dúvida: Quer dizer que agora se o cara pegar o celular da namorada pra dar um confere nas mensagens ela já pode processar ele?

Abre o olho heim mlk lol

02/03/2012

Dinheiro Abstrato

Qual vai ser a forma de pagamento? A vista, crédito, débito, cheque, duplicata, financiado, consignado, com o próprio corpo, Dotz ou Google Bucks?


Há tantas formas de pagamento que além da média de 2 horas que as mulheres passam se decidindo sobre qual produto levar, tem ainda que dispor de um tempinho a mais na escolha da melhor opção de pagamento.

Houve um tempo em que a única forma de conseguir o que se precisava para sobreviver era caçando ou plantando. Tempos depois, trocando algo que tinha em abundancia por aquilo que se precisava. Depois, alguns materiais se tornaram conhecidos por sua raridade como metais e pedras preciosas ou pela sua abundancia como grãos diversos e se transformaram na primeira forma de dinheiro que se tem sabido. Logo surgiu a representação de dinheiro em moedas, de ouro, de prata, de bronze, etc. Até se tornar apenas papéis com cifrões desenhados ou nem isso, cartões de créditos que armazenam a quantidade de dinheiro que se tem, guardado o dinheiro propriamente dito a salvo. E com o passar dos anos a ideia de dinheiro tem ficado cada vez mais abstrata.

O Google – que como todos sabem, tem como objetivo dominar o mundo – cogitou a criação de uma moeda própria, chamada Google Bucks. A ideia não foi pra frente (ainda) por que o conceito de criar uma moeda com um mesmo valor comercial não importando o país é ilegal em muitos deles. Não se tem muita informação sobre isso (até porque não existe), mas é fácil imaginar que se esse projeto fosse pra frente provavelmente faria certo sucesso, já que a internet é global e o Google tem usuários em praticamente todos os países do mundo. Sendo assim, com certeza abalaria a economia mundial e é impossível dizer se isso seria um avanço ou uma jogada errada. Ou talvez funcionasse apenas como uma espécie de crédito de fidelização como o Dotz por exemplo.
O Dotz, pra quem não sabe é uma espécie de moeda que tem como objetivo a fidelização de clientes. Assim como a maioria das livrarias tem seu próprio cartão fidelidade que gera pontos a cada compra e que podem ser trocados por produtos depois. O Dotz também funciona assim, mas com o diferencial de poder ser adquirido em várias lojas de segmentos diferentes que participam do programa.
Essa abstração do dinheiro é basicamente o conceito/foco das administradoras de cartões. A premissa é simples: deixe seu dinheiro conosco que nós o ‘protegemos’. E eles protegem como se fossem deles!
No Brasil 60% da população brasileira está integrada a algum tipo de sistema bancário, destes, apenas 25% possuem cartão de crédito. E tenho certeza que esses dados já estão desatualizados, imagine quantas pessoas fazem cartão de crédito por dia.

Mas o apelo vai muito além do financeiro. Nas propagandas as operadoras de cartões tentam impor certa opressão social, mostrando pessoas sendo acuadas moralmente para que não passem vergonha e usem o cartão ao invés de dinheiro. É comum o atendente do estabelecimento se recusa a passar troco, sugerindo o uso do cartão em prol da comodidade. Mas quem nunca comprou algo numa loja e na hora de pagar teve que esperar o moço(a) ir ao caixa ou loja vizinha atrás de troco. Não ter troco é vergonhoso para estabelecimento e não para o cliente.

Enfim, há quem prefira deixar o dinheiro voando na nuvem bancária por segurança e há quem prefira guarda-lo debaixo do colchão (Jura que alguém ainda faz isso? – Juro!). 

Cuide bem do seu dinheiro!

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